A rede municipal de ensino de Campos participa ativamente da 1ª fase da Olimpíada Mirim, versão da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) voltada para alunos do 2º ao 5º ano. Essa fase acontecerá no dia 26, com a aplicação das provas nas próprias escolas, mobilizando 27 unidades inscritas em Campos e a equipe pedagógica municipal na organização e acompanhamento da atividade. A iniciativa busca estimular o estudo da matemática e identificar talentos locais, além de reforçar práticas pedagógicas alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
A Olimpíada Mirim divide os participantes em dois níveis: Mirim 1 (alunos dos 2º e 3º anos do Ensino Fundamental) e Mirim 2 (alunos dos 4º e 5º anos). Cada escola organiza a aplicação em turno a ser definido internamente, respeitando o tempo de prova e as adaptações necessárias para estudantes com necessidades especiais.
A seleção para a segunda fase obedece a uma cota, sendo que cada escola terá direito a classificar 20% do total de inscritos por nível, preenchida por ordem decrescente de nota. Em caso de empate, a instituição deve adotar critérios de desempate previamente definidos, conforme orienta o regulamento Mirim. As 27 escolas inscritas realizarão a impressão, aplicação e correção das provas conforme orientações do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), responsável pelo material e pelo calendário.
Sobre o impacto educacional, Ana Márcia Scot, supervisora da Educação em Tempo Integral da Seduct, ressaltou a importância da olimpíada para aprimorar o conhecimento dos estudantes. “A participação de nossos alunos na Olimpíada Mirim é importante para potencializar o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático. Ao resolverem problemas contextualizados, os alunos exercitam habilidades como raciocínio crítico, criatividade, autonomia intelectual e perseverança”, declara a supervisora. Para ela, essa experiência contribui para a formação integral, favorecendo competências socioemocionais, como a autoconfiança e autogestão, “que são competências fundamentais para a formação do indivíduo”.
A Gerente de Ensino Fundamental, Jossana Bartolazzi, também considera esta como uma oportunidade de estimular o ensino de Matemática de forma lúdica e desafiadora. “Para os alunos, é um convite a brincar, aprender e superar limites. Para os professores, é orgulho e reconhecimento ao ver cada conquista de seus alunos”, declara. Ela acrescenta ainda que a Olimpíada Mirim colabora ainda “para mostrar que a Matemática pode ser encantadora desde cedo e que cada desafio abre portas para o futuro”.
Aprendizado e premiação
A premiação para as escolas inscritas está vinculada ao número de alunos inscritos por nível. Além de certificados digitais correspondentes às medalhas (ouro, prata e bronze) para os melhores desempenhos na segunda fase, as escolas públicas poderão receber medalhas físicas. A distribuição segue faixas definidas — por exemplo, para cada nível, escolas com um a 60 inscritos concorrem a uma medalha de ouro, três de prata e seis de bronze; com 61 a 120 inscritos, a cota sobe para dois ouros, seis pratas e 12 bronzes; e assim por diante até escolas com 181 ou mais inscritos, que têm direito a quatro ouros, 12 pratas e 24 bronzes.
A primeira fase conta com prova composta por 15 questões objetivas de múltipla escolha, cada uma valendo um ponto, e terá duração de uma hora e 30 minutos. As questões trabalham conteúdos previstos na BNCC para 2º a 5º anos e priorizam raciocínio lógico, numeramento, operações, noções espaciais, medidas e problemas contextualizados.
A segunda fase da Olimpíada Mirim está marcada para 11 de novembro, também contando com 15 questões objetivas e uma hora e 30 minutos de duração. Alunos com as maiores notas até o preenchimento da cota de 20% por nível e os resultados finais definirão a entrega das condecorações e certificados previstos no regulamento.