Notícia no detalhe

Teatro de Bolso recebe leitura dramatizada de “Auto da Vila de São Salvador”

Winston Churchill Rangel viu sua obra sendo apresentada de forma especial, participando, em seguida, de um bate-papo com a plateia

Por: Antônio Filho - Foto: César Ferreira - 28/05/2024 - 12:26:05

A Leitura dramatizada “Auto da Vila de São Salvador”, de Winston Churchill Rangel, foi a atração da noite dessa segunda-feira (27), no Teatro de Bolso Procópio Ferreira, celebrando os 347 anos da fundação da Vila de São Salvador dos Campos dos Goytacazes, que teve seu ato de posse em 29 de maio de 1677. Um bate-papo com o autor encerrou a atividade oferecida gratuitamente pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL).

A leitura foi feita pelos atores Fernanda Campos (presidente da FCJOL), Neusinha da Hora, Rossini Reis, Ana Luiza Correa e Roberta Givigi. Cada página lida revelava o belo texto de Churchill, contando uma parte tão importante da história do município com rara qualidade.

“Estamos muito honrados com a oportunidade de apresentarmos o texto aos alunos do Curso Livre de Teatro e ao autor, Winston Churchill, que nos honra com sua presença. Viva a bonita história de nossa Campos”, disse a presidente da FCJOL, Fernanda Campos.

Bate-papo — Um encontro com Winston Churchill marcou a segunda etapa do evento, revelando curiosidades da concepção do texto. A mediação ficou a cargo do ator e diretor Guilherme Freytas; da coordenadora do Museu Histórico de Campos, Graziela Escocard, e da produtora cultural Nana Rangel.

“Em 1977, poucos dias antes do 29 de maio, fui chamado para conceber o espetáculo que celebraria os 300 anos da fundação da Vila de São Salvador. Nessa época, eu era proibido para todo o território nacional e nada meu passava na Censura Federal, período que durou 18 anos na minha vida. Então, por indicação de Hervé Salgado Rodrigues, tive a oportunidade de conceber o texto, na linguagem do povo, visando despertar o interesse de todos pela história de Campos”, destacou Winston Churchill Rangel.

O dramaturgo detalhou, também, o rápido processo de produção da montagem: “Com o elenco da Escola de Medicina, formado por atores bastante experientes, montei espetáculo, duas semanas antes da data festiva. Realizamos a apresentação na antiga Escola Técnica Federal, com grande sucesso. Hoje, 47 anos depois, vivi uma emoção diferente, compartilhada com todos vocês”, concluiu.