O Abrigo Provisório para a População em Situação de Rua da Prefeitura de Campos vai além do que preconiza a Política Nacional de Assistência Social, no que diz respeito à alimentação dos usuários. Essa política apresenta as diretrizes para efetivação dos serviços oferecidos e norteia o trabalho do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
- A alimentação fornecida no Abrigo Provisório é balanceada e orientada por nutricionista. Aqui, a Prefeitura oferece café da manhã, almoço, lanche da tarde, janta e ceia antes dos usuários dormirem. O projeto previa quatro refeições, mas nós oferecemos cinco. Eles estão muito bem alimentados e repetem as refeições sempre que desejam - afirmou a secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social, Pryscila Marins.
Para José Afonso Lopes, o acolhimento é sua casa. “Aqui tem pessoas com quem posso dialogar, tem diversão e regras pra cumprir. A alimentação é diária. Eu me alimento bem e todos aqui se alimentam bem também. A gente é bem alimentado e todos tratam a gente muito bem, tem enfermeiro e tem até ambulância”, comentou.
Maria da Penha Rangel concorda: “Estou muito satisfeita de estar aqui no abrigo, não tenho do que reclamar, a alimentação é uma maravilha e estou feliz”, elogiou.
Anna Neri Geraldo também comentou: “Sou bem tratada, bem alimentada, tenho minha cama, tenho pessoas pra conversar, tem a assistente social que é super legal e dá conselho. A gente também tem regras, eles chamam a atenção, mas aqui é tudo vivido com carinho”, disse.
Todo o trabalho oferecido no Abrigo segue as recomendações dos eixos estruturantes necessários para a implementação e consolidação do SUAS, garante a diretora do Departamento de Proteção Social Especial, Anne Caroline Cardoso.
Ela lembrou que prefeito Rafael Diniz implantou o Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da População em Situação de Rua do município (CIAMP RUA) por meio do Decreto Municipal 225/2018, que dispõe sobre a política de atendimento a esse público. O órgão é constituído pela sociedade civil, pelos próprios moradores de rua e por membros do governo, conforme orienta o controle social.
- Realizamos encontros mensais tentando fomentar os avanços dos serviços ofertados. Temos uma Política Pública ampla de atendimento. É importante que a sociedade civil entenda e reconheça o trabalho desenvolvido, que é feito com base na intersetorialidade, em parceria com outros órgãos como Secretaria de Educação, Saúde, Superintendência de Trabalho e Renda, etc. A população de rua tem direito a voz e vez no CIAMP, único comitê instituído pelo poder público - explicou Anne.