“Entre cada linha de uma folha de papel, cada palavra vai saindo como um pequeno cordel. No papel, escrevemos a poesia. Cada linha é uma história, uma música ou até uma rima. Com o papel escrevemos a história do mundo, e até mesmo o destino dele.” Esse foi o poema produzido pela pequena Adda, durante o workshop de produção de poesias, ministrado pelo poeta Thiago Yuri, nesta quinta-feira (22), na 10ª Bienal do Livro de Campos. Confira a programação completa da Bienal neste link (
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Thiago define a poesia como o ponto mais alto que o ser humano pode chegar através da linguagem. Para ele, a poesia é capaz de quebrar os limites que a língua impõe, fugindo de pensamento lógico e razão comum. “Ninguém escreve sozinho. Quem não lê, é um só. E ser só é terrível. Quando a gente lê, a gente é muito”, declarou o poeta e estudante de letras.
Amante de leitura e poesia, a consultora Carla Graciele Santos levou os filhos Adda e Tauã para o workshop. “A Adda estava ansiosa e falando da Bienal já fazia dois meses. Hoje, enfim, consegui trazê-la e fui surpreendida com o poema que ela escreveu e recitou”, disse a mãe.
Responsável pelo workshop de poesias desta Bienal, Thiago Yuri conta que descobriu a poesia aos 10 anos, e que foi alfabetizado por ela. “Tive a minha a segunda alfabetização em casa, com a minha mãe ensinando tudo através de poesia. Depois disso, voltei à escola vendo poesia em toda matéria ensinada. Aos 10 anos, fui representar a escola em um evento de poesia na cidade. Até que escrevi, e me disseram que aquilo era poesia. Então me descobri e passei a escrever desde então’, conta.
Para encerramento de atividade após produção e leitura de poesias dos participantes, Thiago Yuri declamou “Meu cabelo não é ruim”, que dá nome ao seu livro de poemas.
Nesta sexta-feira (23) a programação da Bienal Leitura Que Liberta, segue com oficinas, workshops e minicurso. Pela manhã, oficinas “Prática Musical” – 9h -, e “Ninguém é Igual a Ninguém” (Arterapia – Inclusão) – 9h30, bem como o workshop de Produção de Romance – 10h30. Na parte da tarde, tem oficina de poesia – 13h30, além do minicurso cultura indígena, que acontece todos os dias, em dois turnos: 9h30 e 14h30.