O músico Giu de Souza é um dos contemplados do Programa Municipal de Apoio à Economia Criativa 2025, da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, em parceria com a Tec Campos Incubadora. Ao todo, 20 empreendedores vão receber bolsa de R$ 1.160 por seis meses e participar do Curso de Negócios Criativos para expandirem seus empreendimentos.
Giu está desenvolvendo o projeto Brisa Bossa, evento de música com diferentes interações e manifestações artísticas, com objetivo de jogar luz na influência de artistas negros no movimento de samba, jazz e bossa nova no Brasil.
Ele participou da aula inaugural do Programa, juntamente com outros 19 empreendedores, que aconteceu no dia 10 de julho na sede da Tec. A cerimônia de boas-vindas contou com a presença da secretária de Educação, Ciência e Tecnologia, Tânia Alberto; presidente da TEC, Henrique da Hora; coordenadora do Economia Criativa, Adriana Crespo; e a coordenadora do Curso de Negócios Criativos da Tec, Mariana Fagundes.
Giu agradeceu pela oportunidade. “Esse projeto nasceu da minha relação com o samba jazz, pois sou cantor e compositor; nasceu da minha criação, do meu trabalho com a música. Meu objetivo é evidenciar a importância do artista/músico negro no desenvolvimento desses movimentos que foram tão fundamentais para a música brasileira, e fazer disso um evento, onde esse tema possa ser explorado das mais variadas formas possíveis. Esse programa é uma oportunidade para explorar esse projeto. Só tenho a agradecer à Secretaria de Educação e à Tec pela oportunidade. Vai ser transformador!”, declarou o músico.
Victor Guimo criou a Escafandro Editora, única editora de RPG da cidade, e foi outro selecionado no ciclo atual do Programa.
“O RPG é um jogo lúdico que mistura a contação de história, literatura, teatro e surge como uma profissionalização e extensão do Coletivo Campista de RPG (Cocar), que existe desde 2019, levando RPG de graça, de forma acessível para todos, no Museu Histórico de Campos. E após participar de alguns projetos como gerente, lançando livros através de financiamentos coletivos, fui chamado para trabalhar com RPG, a lançar livros de RPG, onde eu aprendi muito e pude identificar a possibilidade de lançar a minha própria editora. Agora surgiu a oportunidade de participar do Programa Economia Criativa, junto da Tec Incubadora, e transformar esse projeto, que vinha de erros e acertos, em algo mais profissional. Fico muito satisfeito, muito feliz de fazer parte!”, disse Victor.
Para Tânia Alberto, a educação tem o papel de promover esperança sempre. “A educação municipal de Campos, para além de sala de aula e ensino regular, promove a esperança por meio de programas como esse. E vocês todos são bem-vindos, não apenas ao programa, mas bem-vindos a entender uma educação que vai além da sala de aula e da escola. Que vocês transformem a vida de outras pessoas, que vocês acreditem que inspirarão outros a construírem os seus caminhos, e que saibam: o que vocês têm de mais nobre e apresentam hoje é a capacidade não só de criar, mas a capacidade de transformar a vida de vocês e de outras pessoas também. A gente tem muito orgulho de poder participar disso, e eu sou muito feliz de ter conseguido nesta Secretaria de Educação, depois de tantos anos trabalhando aqui, ter a chance de ver programas como esse de pé e o que a gente quer é que eles sejam cada vez mais ampliados”, afirmou a secretária.
Novidades
Este ano, há algumas novidades para o Programa, segundo Adriana: o curso de Plano de Negócios para a Economia Criativa passa a ser Gestão de Negócios Criativos; parceria com a Diretoria de Economia Solidária da Prefeitura e com a Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares (ITEP/UENF); parceria com o SICOOB Fluminense; pontuação extra para pessoas de comunidades tradicionais, coletivos informais e grupos marginalizados; e protótipo em Escolas da Rede Municipal de Ensino.
“O Economia Criativa tem crescido, se reinventado e se tornado uma política pública sólida. Estamos valorizando a cultura, a inovação, a inclusão e, claro, o empreendedorismo. De 2022 a 2025, a Secretaria de Educação já investiu R$ 320.000 no programa. Este ano, aumentamos para seis meses o prazo de vigência e incluímos as áreas: Comunidades Tradicionais, Quilombolas e grupos coletivos”, destacou Adriana.
As aulas acontecerão sempre às quartas-feiras, das 18h30 às 20h. O módulo 1 vai tratar de Empreendedorismo, Economia Solidária, Associativismo/Cooperativismo e Formalização. O módulo 2 vai abordar: Gestão Cultural, Conceitos de Cultura, Políticas Culturais - marcos regulatórios, Linhas de fomento e Direitos Autorais.
O módulo 3: Elaboração de Projetos, Elementos do projeto, Planejamento Estratégico/Ferramentas, Prospecção de Parceiros e Patrocinadores, Plano de Trabalho e Comunicação, Execução, Acompanhamento, Avaliação e Prestação de Contas. O quarto módulo ensinará aos novos empreendedores sobre Branding e Marketing; enquanto o Módulo 6 formará o grupo sobre Plano de Negócios, Pesquisa de Mercado, Plano de Marketing e Plano Financeiro. Já o último módulo falará sobre Apresentações, Oficina de Pitch e Apresentação Final.
Para Henrique, o programa é um patrimônio dos fazedores de cultura do município, que devem se apropriar disso. “Exijam dos próximos governantes que isso seja um patrimônio de vocês, que não seja interrompido. A arte pode ser negócio sem deixar de ser a arte. Que vocês possam ser o seu próprio gerador de riquezas, que a arte que vocês fazem gere riqueza para vocês, para o município, para a sociedade. A economia criativa é um grande motor, e esse programa tem esse objetivo: capacitar vocês. Não temos a intenção de ensinar arte para vocês, mas queremos ajudar vocês a elaborarem projetos, planos de negócios, a irem nas fontes de fomento etc. É isso que o município quer para vocês”, disse.