A Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia realizou nesta segunda-feira (10), palestra virtual com o tema Conversando sobre o Autismo. O evento foi voltado aos profissionais da Educação das redes públicas e particular, e aberto ao público em geral. A palestra foi ministrada pela professora Odila Maria F.C. Mansur. Ela é pedagoga, psicopedagoga, especialista em desenvolvimento infantil, mestre em Cognição e Linguagem e Doutora em Educação.
A organização é do departamento de Educação Especial Inclusiva, ligada à Coordenação Multiprofissional. A palestra foi transmitida pelo Google Meet e integra o Projeto Encontros pela Inclusão. De acordo com a diretora da Educação Especial, Beatriz Cruz, cerca de 40 pessoas participaram da capacitação. Os slides ficarão disponíveis na página do instagram do Departamento @educacaoespecialseduct.
“Essa palestra integra a proposta de sempre falarmos sobre inclusão para conquista de uma escola realmente inclusiva para todos. Nosso objetivo é incluir esses alunos com algum transtorno ou deficiência, por isso temos convidado pessoas com trabalhos relevantes e significativos nessa área, como a professora Odila que, há anos, vem se aperfeiçoando cada vez mais, e tem grande experiência nessa área do TEA, buscando trazer para Campos atendimento de qualidade. Odila é uma pessoa sempre disponível a compartilhar seus conhecimentos. Precisamos conhecer o autismo para incluir de forma mais efetiva e afetiva. Teremos vários encontros mensais sobre diversos temas ligados à inclusão”, assegurou Beatriz.
A professora Odila explicou que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) inclui comprometimentos qualitativos no desenvolvimento sociocomunicativo; presença de comportamentos estereotipados; repertório restrito de interesses e atividades, sendo que os sintomas nessas áreas, quando tomados conjuntamente, devem limitar ou dificultar o funcionamento diário do indivíduo.
“O autismo se deve a um distúrbio do mecanismo inato para se relacionar com pessoas, o que afeta o desenvolvimento da linguagem porque as funções de atenção e intersubjetividade com desenvolvimento precoce estariam prejudicadas”, explicou a palestrante.
Ela apresentou alguns sinais do TEA: usar pessoas como ferramentas, resistir à mudança de rotina, preferir brincar sozinha, demonstrar apego não apropriado a objetos, não manter contato visual, agir como se fosse surdo, ter dificuldade para usar o pensamento simbólico e a imitação, não demonstrar medo de perigos, apresentar risos e movimentos não apropriados, demonstrar dificuldades sensoriais, dificuldade para compreender expressões faciais, apresentar acentuada hiperatividade física, girar objetos de maneira bizarra, peculiar, entre outros.
A professora Ana Luiz Barbosa elogiou o evento. “Começar a semana me capacitando, não há nada melhor! Gratidão à Educação Especial da Seduct pela organização do evento que foi maravilhoso. Parabéns, Odila pela troca”, comentou a educadora durante a palestra.