Um misto de expectativa e conquista por estar entre os finalistas do Prêmio Shell de Educação Científica do estado do Rio de Janeiro. É isso que está vivendo a professora da rede municipal de Campos, Priscila dos Santos Caetano de Freitas, que leciona Ciências na escola José do Patrocínio, na Penha. O resultado será conhecido na noite desta terça-feira (22), às 20h, no site https://psec.shell.com.br/vencedores/edicao-2020.
Dos cinco educadores que tiveram projetos pré-selecionados nesta edição do evento, três sairão vencedores. A professora concorre na categoria Ensino Fundamental pelo projeto “Uso de aprendizagem baseada em projetos na abordagem de conceitos relacionados aos impactos ambientais ocasionados pelo descarte irregular do lixo no canal Coqueiros”.
- Os cinco já serão premiados de alguma forma por estarem entre os finalistas e todos receberão uma placa. Contudo, os três primeiros colocados ganharão prêmios maiores em dinheiro e as escolas serão beneficiadas com projetor multimídia e notebook - destacou a professora.
Para Priscila, só por estar entre os finalistas, diante de dezenas de projetos, já é uma grande conquista.
- Posso dizer que é uma surpresa, mas que estou bastante grata! Eu não iria me inscrever, mas uma amiga que foi uma das vencedoras do ano de 2019 me incentivou. Eu realmente não esperava. Fiz o projeto de forma despretensiosa. Nem foi projeto do mestrado. Foi apenas uma iniciativa educativa com o objetivo de tornar o conteúdo mais atraente e centrado no aluno - afirmou.
O projeto foi feito pela professora no ano passado em uma das sete turmas e a proposta é expandi-lo assim que a pandemia do novo coronavírus passar.
- Eu adaptei um conteúdo programático para a metodologia ativa de aprendizagem, propondo um problema real para o aluno solucionar através de projeto de intervenção. O canal Coqueiros fica em frente à escola, faz parte do contexto deles e muitos não conheciam sua função- explica a professora.
Priscila é professora concursada do município desde 2018, mestre em Ensino de Física pelo Instituto Federal Fluminense (IFF) e doutoranda em Ciências Naturais pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf).
O primeiro colocado do prêmio Shell ganha uma viagem de imersão em ciências em Londres, R$ 8 mil em dinheiro e equipamentos para a escola. Já o segundo e o terceiro lugar ficam com premiações menores em espécie e as escolas com um projetor multimídia e um laptop com alto-falante.
O prêmio Shell é realizado anualmente e busca incentivar e valorizar professores da rede pública das áreas de ciências e matemática premiando projetos inovadores que, por meio de metodologias diferenciadas, imprimam novas formas de ensinar e de aprender.