A 10ª Bienal do Livro de Campos, marcada pelo tema “Leitura que Liberta”, recebeu mais de 50 mil pessoas de todas as idades ao longo dos seis dias de evento, realizado no Instituto Federal Fluminense (IFF Centro). No balanço de encerramento sobre a única bienal literária do Norte Fluminense, foram lançados 32 livros, sendo 22 de autores campistas, e vendidos 70% do material disponibilizado nos estandes das editoras. E a programação extensa trouxe mais de 100 atividades entre mesas de debate, palestras, oficinas, esquetes teatrais, poesias e shows musicais dentro das 75 horas do evento, de 20 a 25 de novembro.
Ainda assim, a Bienal de 2018 custou quatro vezes menos do que a última edição, com economia de R$ 1,3 milhão somente em estrutura e outros R$ 650 mil economizados ao não contratar uma curadoria. Realizada no IFF, a 10ª Bienal do Livro de Campos ocupou uma área de 6 mil metros quadrados do campus Centro.
— Foi uma Bienal completamente diferente, feita para todos, com 75% de economia e que promoveu, verdadeiramente, a leitura que liberta — declarou o prefeito Rafael Diniz.
A programação da Bienal foi elaborada por uma comissão da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) e pelo Sesc, com apoio do IFF, Boulevard Shopping, e patrocínio da concessionária Águas do Paraíba e Realiza Construtora. Temas atuais como segurança, cultura popular, fake news, drogas, feminismo, preconceito racial e homofobia foram abordados ao lado da exposição sobre os 150 anos de Nilo Peçanha, oficina de Libras, cartunismo e ilustrações infantis, leitura de cordéis, histórias de Campos, workshop de produção de poesias, rodas de conversa sobre mercado literário e literatura em mídias digitais, entre outros.
A única intervenção do prefeito foi para que os escritores e artistas locais fossem igualmente convidados e prestigiados. Assim, em todas as mesas de debates, o olhar de Campos dividiu palco igualmente com profissionais convidados. Estiveram em Campos, entre os convidados, a escritora Daniela Arbex, a museóloga Márcia Ferreira, o apresentador e ator Gregório Duvivier, o escritor Luiz Antonio Simas, a professora e jornalista Anielle Franco, os cantores Leoni e Paulinho Moska. Ao lado deles, campistas como Fernando Rossi, o ator Daniel Rangel, a cronista Walnize Carvalho, o designer Andinho Ide, os jornalistas Stella Tó Freitas e Victor Menezes, o ator Arthur Gomes, o pianista Ivan Galvão, os cantores Sandro Balli, Marcelo Benjamim e Flávia Elle, entre muitos outros.
— O público compareceu em peso, foram famílias inteiras. Essa Bienal vai deixar lembranças incríveis de um sucesso que a gente sabia que viria, mas não imaginava que fosse nesta dimensão — comemorou a presidente da FCJOL, Cristina Lima.