Poesia, música e teatro: Café Literário homenageia Antônio Roberto Fernandes

Poesias, músicas e encenações teatrais marcaram o Café Literário Antônio Roberto Fernandes, realizado na tarde deste domingo (25) na 10ª Bienal do Livro de Campos. Com o tema “Marias não se calem”, o evento uniu cultura para reforçar combate à violência contra as mulheres. As apresentações aconteceram no auditório Cristina Barros.

O Café Literário foi aberto pelo cantor França que, mesmo pego de surpresa, deu o tom inicial para que todos os outros poetas e artistas fizessem suas apresentações. Este ano, o grupo comemora 18 anos. “Onde a gente é convidado, sempre estamos presentes. Nosso Café é sempre descontraído. Aqui ninguém é melhor ou pior, todos podem participar. Nosso café é cultural e também promove inclusão social”, disse Aldiney de Souza Sá, o popular Neguinho, responsável pela apresentação do evento.

Dentre as apresentações, a poetisa Sol Figueiredo levou um poema em forma de acróstico em homenagem à vereadora Marielle Franco. “Muitas mulheres, muitas marias sofrem com a violência e não podemos nos calar. Temos que promover essa conscientização para que não fiquemos caladas”, disse.

O Café Literário recebe o nome de Antônio Roberto Fernandes, um dos homenageados da 10ª Bienal do Livro de Campos. Antônio nasceu em São Fidélis e, dentre outros feitos, fundou a Academia Fidelense de Letras e a Academia Infantil de Letras de São Fidélis. Também foi idealizador do Festival de Poesia Falada de São Fidélis e do Café Literário, em Campos. Ele possui quatro livros publicados (Poesia, Doce Poesia; Substantivo Abstrato; Os Pratos da Vovó; e o póstumo Que não nos falte AR, lançado em 2008). Antônio Roberto faleceu em 2008 e também deixou quatro peças teatrais escritas, incontáveis canções e poemas, além de inúmeras contribuições literárias.