Dando sequência à programação da 10ª Bienal do Livro de Campos, no início da noite desta quinta-feira (22), o espaço Gotta recebeu o Café literário: “Elas por Elas”, com três autoras campistas – Beatriz Côrtes, Paula Gicovate e Paula Vigneron – tendo como mediador Thiago Eugênio. O bate-papo reuniu dezenas de espectadores. A programação da Bienal segue até domingo (25). Confira a programação completa da Bienal neste link (
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Entre os assuntos abordados, as autoras falaram sobre as respectivas trajetórias, os livros publicados, literatura feminina, etc. Após o debate, elas autografaram as obras. A caçula do grupo, Beatriz Cortês tem 23 anos e é formada em psicologia. Autora de “O outro lado da memória”; “Por uma questão de amor”, “Aonde quer que eu vá”; “Meu doce azar, Minha amarga sorte”, e “Através dos teus olhos”.
— A literatura aproxima da realidade. Publiquei meu primeiro livro quando tinha 17 anos, porém, desde criança já me entendia como escritora. E essa tentativa de rotular o autor da obra é, do meu ponto de vista, em vão. Quem escreve é um ser humano. Escrevo romance e escuto que este estilo é para mulheres. Não! Vamos acabar com os rótulos — pediu a jovem autora.
Paula Vigneron, 25 anos, formada em Jornalismo pela Uniflu, tem dois livros publicados: “Sete balas ao luar” e “Entre outros”. A escritora, dividida entre o jornalismo e a literatura, confessou que o jornalismo literário a atrai.
— Na ficção, há a liberdade da escrita. No jornalismo, o fato narrado de forma objetiva. O jornalismo me permite viver situações que me proporcionam escrever, além da matéria, contos. Isso é fascinante. Eu não escrevo para publicar. Escrevo para continuar existindo, para respirar mais leve, manter minha cabeça no lugar, para lidar com tantas coisas que vejo no Jornalismo — destacou Paula Vigneron.
Paula Gicovate falou sobre a satisfação de participar de uma mesa de debate em um evento literário com autoras campistas. Morando no Rio de Janeiro desde 2004, ela tem 33 anos, é escritora e roteirista. Publicou o primeiro livro, “Sobre tudo que transborda” quando estava no último período do curso de Formação de Escritor da PUC-Rio. Atualmente trabalha na Rede Globo.
— Dentro da literatura encontrei minha voz. E isso é sorte! Olhem com mais carinho para a literatura local. Busquem lugares de afeto e acolhimento para dar voz à literatura, pois esta, salva. O leitor é o oposto de solidão. Escrevam, leiam — sugeriu Paula.