A 10ª Bienal do Livro de Campos vai receber Daniela Arbex, uma das jornalistas mais premiadas das últimas décadas. Autora de três livros-reportagens, entre eles o best-seller Holocausto Brasileiro, com mais de 300 mil cópias vendidas no Brasil e no exterior. Em sua estante, a mineira tem mais de 20 prêmios de jornalismo, além de dois prêmios Jabutis, considerado um dos principais da literatura do país.
Daniela Arbex participa da mesa “Muros Invisíveis: Segregação social, racismo e violência urbana”, na quinta-feira (22), às 17h, no Auditório Cristina Bastos, no IFF. A mesa será mediada pelo diretor de projetos da Superintendência Municipal de Igualdade Racial, Diogo Lima e terá a participação do produtor e diretor de cinema, Fernando Sousa e do comandante do 8º BPM (Campos), tenente-coronel Fabiano Santos de Souza.
Após Holocausto Brasileiro, Arbex lançou mais dois livros que seguiram o mesmo sucesso: Cova 312 e Todo dia a mesma noite. Esse último, lançado em 2018, a jornalista relata as histórias não contadas sobre a tragédia da Boate Kiss, que matou 242 pessoas e feriu 680 outras numa discoteca da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
- Nos dois primeiros livros, as histórias tinham acontecido há décadas e tinham que ser contadas para as novas gerações. Apesar de bem mais recente, a tragédia da Boate Kiss tinha uma parte da sua história sendo esquecida e outra que nunca tinha sido contada. É surpreendente ver tantas pessoas, de diferentes idades e locais, se interessarem por esses fatos - conta Daniela.
Em uma época de fake news e de informações em tempo real, Daniela Arbex defende o jornalismo. "Há um campanha difamatória para tirar a credibilidade dos jornalistas. O que é muito grave. Nós, profissionais da área, temos que continuar trabalhando da mesma forma de sempre, checando fontes, descobrindo boas histórias, sempre com muita responsabilidade", resume a jornalista.
Realização — A 10ª Bienal do Livro de Campos tem patrocínio da concessionária Águas do Paraíba e Realiza Construtora, com realização da Prefeitura de Campos e Sesc, e conta também com o apoio do Boulevard Shopping e Instituto Federal Fluminense (IFF). Além de ter como patrono Nilo Peçanha, que foi presidente do Brasil em 1909 e 1910. A Bienal homenageará também Antônio Roberto Fernandes, Félix Carneiro (Felinho) e Lenilson Chaves, que implantou a Bienal do Livro em Campos, em 2000. A realização da feira literária novamente no IFF, como em sua primeira edição, traz uma economia de R$ 1,3 milhão em estrutura para a Prefeitura de Campos.