Notícia no detalhe
Elisa Lucinda participa de encontro com alunos da rede municipal
Alumbramento e espanto pela vida. Assim definiu a própria arte, a poeta Elisa, que também é Lucinda, quando em cada pequena ou grande coisa, une contato físico e a mágica contida nas palavras, se transformando então, em Elisa Lucinda, artista por excelência.
A poeta participou de um encontro com alunos das escolas municipais na caverna Literária. No espetáculo que apresentou ao pequeno grande público, Elisa pôde demonstrar que não existe, em termos de arte, o que é para crianças e o que é para adultos, “o que importa é a surpresa contida nas palavras ou no gesto”.
O contato com os alunos começou com a artista interpretando O poeta e a rosa, de Vinícius de Moraes e, logo em seguida, contou a história de seu livro, didaticamente chamado de infantil, A menina transparente. Elisa envolveu a plateia no jogo de adivinhação proposto pelo livro, oferecendo a publicação para o menino Elias Samuel Braz, 9 anos, aluno da Escola Municipal Leandro de Souza Gomes, em Pedra Negra.
Mais tarde, a poeta presenteou Tarciz Leite Almeida, 10 anos, com o livro O Menino inesperado, devido à participação da menina.
Um dos momentos marcantes do encontro foi quando a artista interpretou o poema Pássaro cativo, de Olavo Bilac, quando Elisa se emocionou com a força das palavras. “Há muitos anos, conheço este texto e hoje me emocionei com ele”, disse Elisa. “É o espanto com a vida”, continuou.
Este espanto citado por ela é uma constante que vem acompanhando a poetisa desde menina e, por isso, ela aponta que o motriz da poesia que escreve é o tudo. “Meu tudo não é genérico, é específico”, poetizou sobre a própria arte.
O olhar ativo sobre a existência e percebido pela mãe, culminou na matrícula de Elisa Lucinda no curso de interpretação de Maria Filina, quando ainda morava em Vitória (ES). Lá, explicou, ela travou contato com os principais autores. “Maria era muito moderna”, disse.
Nas aulas que recebeu e que fez nascer a essência interpretativa da artista, aprendeu que um poema é uma peça e, sendo assim, deve ser levada às pessoas como tal. Em uma das lições, Maria dizia: “Não é preciso ficar marcando a rima. O público não é idiota”.
Em meados dos anos 80, Elisa deixou Vitória, chegou no Rio de Janeiro querendo seguir carreira de atriz e sem pretensão de ter os muitos poemas que já tinha escrito, publicados. “Achava que publicaria meus livros lá pelos 60 anos, depois de ser conhecida”, disse.
Porém numa “reviravolta da vida”, colocou um dos trabalhos que escreveu num varal de poesias que estava na praia. Lá, ela conheceu Glória Horta, que convidou Elisa para assistir ao espetáculo que apresentava, no Manga Rosa, um bar em Botafogo. Durante o espetáculo, Elisa foi chamada ao palco e a aceitação do público foi tão grande que recebeu o convite para se apresentar nas noites de quinta-feira, num espetáculo batizado de Hora H.
Depois disso, ela se apresentou por todo Rio de Janeiro, ficando um ano no bar do ator Rodolfo Botinho, com o show Há uma da madrugada. Assim, Elisa foi seguindo o rumo que a poesia foi apontando e a atriz que sonhava em vencer os desafios da capital fluminense, foi acompanhando as palavras numa perfeita simbiose, uma arte dependendo da outra, espantando os mais atentos e os desatentos também.
Bienal- Após do encontro de Elisa Lucinda com os alunos da rede municipal, a poeta conversou com o presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Avelino Ferreira. Ela elogiou a estrutura e a organização da bienal.
A artista iria participar na sexta-feira, de uma conversa com Viviane Mosé, no Espaço Café Literário, porém, um contratempo impediu que ela chegasse a tempo. Em compensação, Elisa vai fazer um recital, neste sábado, às 20h, na Arena Cultural.
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