O Projeto Paraesporte, da Fundação Municipal de Esportes (FME), atende atualmente 120 pessoas com deficiência para aulas gratuitas de equoterapia em dois polos: Asilo Nossa Senhora do Carmo, no Parque Tarcísio Miranda, e Clínica Vivenciar, no Caju. A equoterapia une as técnicas de equitação à reabilitação dos assistidos para melhora na coordenação motora e psicológico.
— Como um dos embaixadores das Olimpíadas Especiais Brasil e presidente da Fundação Municipal de Esportes é muito gratificante ouvir o depoimento dos pais desses jovens, que mostram que estamos no caminho certo. Estamos ajudando a melhorar a qualidade de vida não só dos assistidos, como também de toda a família ao longo desses cinco meses do Paraesporte — ressaltou Raphael Thuin.
O técnico em radiologia Thiago de Azeredo Manhães, 32 anos, teve que mudar radicalmente a vida após sofrer um acidente de motocicleta em maio de 2008. Ficou em coma, passou por várias cirurgias e agora é mais um dos alunos do Projeto do Paraesporte. “Além das aulas de equoterapia, Thiago faz natação e bocha, atividades que melhoraram a autoestima do jovem e reascendem a esperança de voltar a caminhar sem a ajuda do andador”, disse a mãe, Rosa Malena de Azevedo.
A equoterapia também vem melhorando a qualidade de vida da pequena Gabrielle Baptista, de oito anos, autista. Segundo a avó Vera Baptista de Almeida, “ela era uma menina muita agitada e com o andar comprometido. Depois que começou a fazer a equoterapia, ela está mais tranquila”.
Matriculado no Asilo Nossa Senhora do Carmo, o engenheiro de produção Júlio César Menezes, 30, é outro exemplo de superação entre os 80 alunos do polo. O pai dele, Antônio Carlos Gomes, há 7 anos se dedica a acompanhar o filho que sofreu um acidente de carro e teve os movimentos e fala comprometidos. Júlio ficou internado na UTI em coma e depois mais 30 dias no quarto de hospital. “Hoje ver que ele vem evoluindo é muito compensador. Minha fé é vê-lo andar sozinho, mas, para isso, ele tem que cumprir uma extensa agenda com natação, equoterapia, bocha, terapia ocupacional, fonoaudióloga e fisioterapia. Júlio é muito sensível e percebe tudo que está acontecendo ao seu redor e se esforça para fazer as atividades”, destacou o pai Antônio enquanto aguardava o filho fazer os 30 minutos de equoterapia.
Inscrição – Os interessados em matricular um parente devem procurar a sede da Fundação (Rua dos Goitacazes, 499, centro) ou a Vila Olímpica Lulu Beda (Avenida Carmem Carneiro, s/n. Jardim Carioca) de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. A FME, por meio do Paraesporte, atende cerca de 600 pessoas nas mais variadas modalidades esportivas.