O prefeito Rafael Diniz recebeu na manhã desta segunda-feira (17), em seu gabinete, integrantes de diversos setores do movimento Economia Solidária. O grupo busca apoio a demandas que, de acordo com os representantes, não estariam sendo atendidas desde a gestão passada, a partir da aprovação da Lei que trata do assunto pela Câmara Municipal, em agosto de 2016.
— Desde setembro do ano passado defendemos o avanço nas políticas públicas que não vieram depois da aprovação da Lei na Câmara de Vereadores, em 2016. Temos cerca de 40 mil trabalhadores inseridos no perfil de Economia Solidária, mas há muita carência, em especial no que diz respeito à Logística Coletiva — esclareceu a assessora técnica do Fórum de Economia Solidária, Nilza Portela Franco.
Segundo Nilza, “é trágico o que aconteceu no governo anterior”, pois a própria Lei prevê “ações transversais” na integração dos setores produtivos, com base na cooperação e sustentabilidade. “Precisamos de ações que aproximem os trabalhadores, que agreguem esses setores”, explicou, citando, por exemplo, a necessidade de se criar uma logística para que produtores dos assentamentos rurais tenham como levar sua produção ao consumidor. “E ele tem também que estar com seus produtos dentro das exigências sanitárias”, acrescentou.
— Esse diálogo é muito importante, pois queremos avançar. Temos que ouvir vocês para, juntos, vermos o que pode ser feito. Nunca esperem de mim promessas daquilo que não posso cumprir, mas estarei sempre disposto a ouvir a todos para buscarmos as soluções — afirmou Rafael Diniz, destacando a importância do equilíbrio no atendimento às demandas. “Devemos ter o cuidado para, ao atendermos um setor, não prejudicarmos outro”.
Érica Borges, presidente da Catasol, uma cooperativa de catadores de recicláveis, também apresentou as carências de seu grupo. “São questões que se arrastam há muito tempo sem solução, como, por exemplo, a falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual)”, citou, lembrando a necessidade da melhoria da logística de recolhimento de recicláveis na cidade para melhorar a renda dos catadores. “Quem recolhe reciclável nas ruas normalmente consegue ganhar mais que a gente”, completou.
O prefeito determinou o encaminhamento das questões referentes à cooperativa de catadores à secretaria de Desenvolvimento Econômico para que trabalhe conjuntamente com o grupo de Economia Solidária, no levantamento das demandas e na resolução do que for possível.
— Além da secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, estamos acionando a superintendência de Planejamento para atuarem junto ao Movimento de Economia Solidária. E em seguida elas vão fazer as pontes com as demais secretarias para promovermos esse atendimento cada vez mais organizado e integrado — explicou Rafael Diniz.
A assessora técnica Nilza Franco saiu bem impressionada do encontro com o prefeito. “O entendimento dele sobre todas as questões foi perfeito. Estamos buscando o entendimento para nossa estruturação, e o prefeito compreendeu tudo muito bem. Estou muito otimista”, concluiu.
Participaram ainda da reunião a assessora técnica da ONG Ecoanzol, Luiza Salles; o assessor técnico do Instituto Solar Brasil de Desenvolvimento Saúde e Pesquisa (Isobras), Sandro Cesário; a representante do segmento do Artesanato, Rozane Mastiere; o representante dos assentamentos rurais, Ailton Arruda; o representante do segmento da pesca artesanal, Enilson do Espírito Santo; a representante do assentamento de Baixa Grande, Vanilce Xavier, e a representante do assentamento Zumbi 4, Eliana Manhães.