Crise traz mais pacientes de outras cidades para Campos

“Apesar da crise econômica no Brasil, que reduz a arrecadação das Prefeituras, em Campos, mesmo com dificuldades, mantemos todas as unidades de emergência funcionando. O número de pessoas de outras cidades que buscam Campos tem sido acentuado com a crise, porque a maior parte das prefeituras da região está fazendo apenas os serviços da atenção básica na saúde, como consultas e algumas vacinas”. A declaração é do secretário de Saúde de Campos e também presidente da Fundação Municipal de Saúde, Geraldo Venâncio. 

O número de profissionais médicos que atuam diariamente na rede de saúde pública em Campos é maior que em algumas capitais do Brasil, com média de 100 médicos/dia, apenas nos serviços de plantão. Nem mesmo cidades com populações maiores do que a de Campos, como é o caso de Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Niterói, têm um número de médicos plantonistas como existe em Campos, a partir do governo da prefeita Rosinha Garotinho.

- Temos um número bastante expressivo de médicos especialistas nos plantões. Somente no Hospital Ferreira Machado (HFM) e no Hospital Geral de Guarus (HGG), temos 60 médicos plantonistas, sem contar aqueles que atuam nas consultas médicas nos ambulatórios - pontua Geraldo Venâncio.  

Ele destaca, por exemplo, que Campos é referência no tratamento do câncer e fala da importância da cidade em contar com três Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacons).

 

- Campos é o único município do interior do estado com três unidades e a Secretaria Municipal de Saúde garante todo o tratamento necessário ao paciente, incluindo exames de alta complexidade, cirurgias, radioterapia, braquiterapia, entre outros procedimentos que os pacientes do SUS não conseguem em outras cidades do interior do Estado. Devido à crise financeira do país, temos pacientes de outras cidades que tratavam câncer no Instituto do Câncer, no Rio, que estão vindo para tratamento em Campos - informa o secretário de Saúde. 

Estatística – O secretário municipal de Saúde destaca que dentre todos os hospitais públicos do Estado, incluindo os da cidade do Rio de Janeiro, o Hospital Ferreira Machado é o que registra o segundo maior número de atendimento, ficando atrás apenas do Hospital Salgado Filho, na cidade do Rio de Janeiro.

 

- Nossa rede municipal de saúde é a maior em todo estado do Rio, com mais de 2 mil atendimentos/dia e temos também, a maior rede de atendimento na alta complexidade. Conseguimos inverter o caminho do tratamento das pessoas com câncer. Antes, o governo do Estado encaminhava os pacientes da oncologia em tratamento de alta complexidade para tratamento com acelerador linear em Belo Horizonte, mas a prefeita Rosinha Garotinho, com apoio do então deputado federal, Anthony Garotinho, conseguiu dotar o Hospital Escola Álvaro Alvim de equipamentos de primeiro mundo para tratamento do câncer e, hoje, o caminho é inverso. Recebemos aqui pacientes que o governo do Estado manda para Campos - ressalta Geraldo Venâncio.