A Secretaria da Família e Assistência Social está realizando oficinas de artesanato com material reciclável na Casa de Passagem, unidade de acolhimento institucional para pessoas em situação de rua. As aulas acontecem as terças e quintas-feiras, das 9h às 11h. Os assistidos da unidade utilizarão, no primeiro módulo, jornais e revistas para a produção de peças, como cestas, descansos de pratos e panelas e porta-guardanapos.
Segundo o secretário Geraldo Venâncio, ao final dos cursos, haverá exposição das peças. "Além de elevar a autoestima e estimular o potencial artístico dos usuários, este tipo de atividade ajuda a promover o bem-estar de cada indivíduo e a integração do grupo que está na Casa de Passagem", declarou.
De acordo com o orientador social que ministra as oficinas, Carlos Pavuna, os dois módulos seguintes terão como matéria-prima, E.V.A. (emborrachado), garrafas pet e fuxicos. "Os usuários aprenderão a fazer bolsas, sandálias, arranjos de flores, potes diversos, entre tantos assessórios e objetos decorativos que podem ser criados com estes materiais", disse.
Huberto Rui Golveia, 54 anos, se diz polivalente por ter exercido diversas funções, de programador visual a pedreiro e artesão. O alcoolismo o teria afastado de casa, no Rio de Janeiro. Em Campos, trabalhou em vários locais, mas ficou desempregado e acabou na rua. Encaminhado pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) para a Casa de Passagem, com duas fraturas em uma perna, ele diz que está gostando muito da oficina de recicláveis.
- Faço tratamento no Caps AD e o curso está me ajudando a vencer o vício do álcool. Aqui, ficamos ocupados todo o tempo, o que ajuda muito na reabilitação. Trabalhei com artesanato, fazendo colares e pulseiras, mas estou aprendendo agora, esta técnica com papel - contou.