Representantes do Incra estarão em Campos no sábado

No próximo sábado (10), representantes da superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), de Brasília, estarão em Campos com o objetivo de ouvir as famílias das quatro comunidades localizadas na Região do Imbé e, oficialmente, reconhecidas como remanescentes de quilombos.

A visita é resultado da ida do presidente da Fundação Municipal Zumbi dos Palmares, Jorge Luiz dos Santos, no dia 21 de junho, à sede do Incra, na capital brasileira, para discutir a cobrança de uma taxa anual às comunidades do Imbé e aos seis agrupamentos espalhados no município com características similares as das comunidades oriundas de escravos.

- Assim que tomamos conhecimento da situação, levamos a questão ao Incra, que se comprometeu em extinguir a cobrança. A suspensão dessa cobrança terá uma importância muito grande para essas famílias - adiantou o presidente da fundação.

Segundo Jorge Luiz, durante o censo realizado nas comunidades, foi levantado que mais de 100 famílias assentadas ainda pagam taxa ao Incra por uma linha de crédito que foi disponibilizada a eles pelo órgão no final dos anos 80, quando as famílias foram reconhecidas como assentadas rurais e, conforme frisou, mesmo depois do decreto que as tornou comunidades quilombolas, continuam pagando a taxa que chega a até R$ 1 mil.

- Essa cobrança do Incra é para assentamentos rurais, o que as comunidades oficialmente já não são mais. Somente em Campos está havendo esta cobrança a comunidades quilombolas. Suspender o pagamento dessa taxa vai beneficiar muitas famílias - ressaltou Jorge Luiz.