Com 51 anos de existência, a Casa do Pequeno Jornaleiro é uma das instituições que dependem quase que exclusivamente do recurso repassado pela Prefeitura de Campos. Atualmente, os dois projetos da casa auxiliam crianças e adolescentes a mudar a realidade em que vivem e, segundo o coordenador Airton Évio de Souza, isso não seria possível sem o auxílio do poder público municipal.
Criada com o objetivo de retirar os jovens das ruas de Campos, a Casa do Pequeno Jornaleiro, fundada em 1961, hoje tem outras duas funções. A primeira são as medidas socioeducativas em meio aberto, onde até 80 jovens de 12 a 18 anos, em conflitos com a lei, são recebidos através de encaminhamento da Vara da Infância e da Juventude, para o cumprimento de prestações de serviços à comunidade e liberdade assistida. Dentro da entidade, esses jovens participam de oficinas de esporte e música, além de atividades para qualificação semiprofissional e orientação educacional. “Esse projeto consiste no acompanhamento desse adolescente no sentido educacional e social”, explicou Airton.
O segundo projeto aplicado na Casa do Pequeno Jornaleiro é o acolhimento. No local, foi instalada a chamada “Casalar”, onde até 10 crianças e adolescentes de 7 a 14 anos, vítimas de abuso, negligência ou vivem em situação de risco, são recebidas em uma casa tradicional e cuidados por uma mãe social. De acordo com Airton, esses jovens são encaminhados pela Vara da Infância e da Juventude, onde recebem todo cuidado necessário e preparação para a reintegração às suas famílias ou para adoção.
L, 12 anos, é um dos adolescentes que estão vivendo na Casalar e esta semana ele, junto com os outros seis meninos e meninas, ajudou a montar o pequeno jardim instalado nos fundos do imóvel. Segundo ele, a Casa do Pequeno Jornaleiro é a sua família. “Eu gosto muito daqui, fiz muitos amigos e me divirto bastante, além de aprender uma porção de coisas”, falou o adolescente.