Notícia no detalhe
Vacinação contra HPV já reduz incidência de doenças em Campos
A imunização de meninas de 11 a 15 anos contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), desenvolvida pela Secretaria de Saúde desde setembro de 2010, apresenta resultados. Conforme dados da Vigilância Epidemiológica, registrados no final de 2012, a vacinação conseguiu reduzir em 35% a incidência de codilomas acuminados (verrugas genitais) em mulheres, causados por alguns tipos do HPV e que apresentam, entre suas complicações, o câncer de colo de útero e de vulva. A vacinação - apenas das meninas - conseguiu reduzir também a incidência da doença em homens, pois estes são portadores assintomáticos e passam o vírus para outras mulheres que, quando vacinadas, quebram a cadeia de transmissão.
- Município de médio porte pioneiro na disponibilização gratuita da vacina contra o HPV, Campos já atingiu 75% de sua meta: para o total de 17 mil meninas na idade prevista para a imunização, 100% receberam a primeira dose; 85% duas doses; e mais de 17.500 já estão completamente imunizadas com as três doses da vacina - declara o secretário de Saúde, Geraldo Venâncio.
O Ministério da Saúde ainda estuda a implantação da vacina em 2014 e o Distrito Federal liberou a vacinação este mês, para a imunização de 26 mil meninas. Diferente de outros municípios e estados brasileiros, o público alvo em Campos tem faixa etária para a imunização mais estendida (de 11 a 15 anos, enquanto os demais limitam as idades entre 11 e 13), ainda disponibilizando, através do Programa Municipal DST/Aids, a vacina para meninas e mulheres portadoras do vírus HIV com idades entre 9 a 26 anos de idade.
Superintende de Saúde Coletiva e diretor da Vigilância Epidemiológica, Charbell Kury, diz que países desenvolvidos como a Inglaterra, Austrália e Suécia também conseguiram reduzir a incidência de doenças causadas pelo HPV, mas destaca o diferencial da estratégia realizada em Campos. “Em todo o mundo, somos o único município a realizar a imunização contra o HPV por uma estratégia híbrida, que reúne a vacinação em escolas públicas e particulares e também em postos de saúde, além de desenvolver campanhas, que chamamos de Dias D de Vacinação, a fim de regularizar o calendário vacinal, para que as meninas recebam todas as doses da vacina, porque, sem as três doses, a imunização não é eficaz”, explicou.
O superintendente lembra que são gerações de meninas protegidas de DSTs e doenças mais graves, como o câncer. “Nossa estratégia é reconhecida como bem sucedida pelo Ministério da Saúde e instituições sérias, como a organização científica não-governamental Sociedade Brasileira de DSTs. Tivemos artigo publicado na revista desta sociedade em agosto passado e, em novembro, Campos e Barretos, município que também disponibiliza a vacina contra o HPV, participaram, no Distrito Federal, a convite da Regional DF do Programa Nacional DST, de uma jornada, onde foram os programas de imunização foram apresentados como experiências de sucesso em saúde pública”, concluiu.
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