Notícia no detalhe
Garotinho, Orávio e Helio Coelho na Bienal por Osório
Literatura, poesia e muitos “causos” contados. Assim foram as mais de duas horas de homenagens prestadas ao cordelista, dramaturgo, jornalista e escritor, Osório Peixoto, nesta sexta-feira (30), no Espaço Jovem da 7ª Bienal do Livro, que acontece no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto (Cepop). A mesa redonda, mediada pelo jornalista Jorge Luiz Pereira dos Santos, foi formada por Anthony Garotinho, que despiu-se da condição de político, e fez viagem ao passado, época que era ativista cultural e atuava como ator e cordelista, pelo professor e poeta Helio Coelho – eleito presidente da Academia Campista de Letras- , e pelo também professor, dramaturgo e membro da ACL, Orávio de Campos Soares.
Na abertura do evento, o jornalista e presidente da Fundação Municipal, Zumbi dos Palmares, Jorge Luiz dos Santos, levando em conta a presença de vários jovens estudantes, fez prévia apresentação de Osório Peixoto, capixaba de Cachoeiro de Itapemirim, que marcou a história de Campos, onde começou a atuar no jornalismo aos 16 anos. Sua atuação como jornalista em A notícia, Monitor Campista, além de ativista cultural e social, que marcou época por denunciar e protestar contra discriminações, injustiças sociais e trabalhistas cometidas pela classe dominante.
- Além de ter escolhido a literatura para garantir seu alimento, sua poesia é para a prática da denúncia social, preocupada com as questões sociais dos mendigos, dos gays e das prostitutas - observou Orávio de Campos.
Compadre do casal Garotinho, Osório faleceu em 10 de junho de 2006 e receberia a homenagem com o nome da ponte e viaduto que a então governadora Rosinha Garotinho estava construindo sobre o Rio Paraíba do Sul, no Centro da cidade. Mas, devido as muitas ações impetradas na Justiça pela oposição contra a obra, que terminou o governo faltando 10% da fase de acabamento e iluminação, o nome acabou não sendo dado. Eleita prefeita em 2008, Rosinha sugeriu e os vereadores aprovaram a homenagem a Osório, batizando o Centro de Eventos Populares (Cepop) com seu nome.
Garotinho, Orávio e Helio Coelho discorreram sobre a vida de Osório, com detalhes de sua personalidade, caráter e espírito comunitário, de tal forma, que prenderam o público por duas horas. E quando o mediador Jorge Luiz anunciou o fim do evento, muita gente na platéia reclamou porque queria ouvir mais.
Gastava o pagamento com o povo - “Eu era prefeito e montava minha equipe de governo. Claro que qualquer prefeito gostaria de ter um cidadão de espírito comunitário como o Osório na Prefeitura. Eu chamei o Osório e perguntei, em qual função ele gostaria de colaborar no meu governo. Ele disse que não gostaria de ficar preso numa sala, mas queria ter contato com o povo. Criei o primeiro cargo de Ouvidor do Povo. Ele recebia a todos, ouvia, orientava, encaminhava os pedidos para as secretarias e até as cartas que recebia ele respondia. Ele se orgulhada do cargo de Ouvidor do Povo e um dia eu perguntei: Como você tolera ouvir tanta gente, todo dia, já que tem pessoas que querem mesmo só reclamar? Ele me respondeu: Escuto mal de um ouvido e quando vem a mesma pessoa que já foi atendida várias vezes, mas que tem a mania de reclamar por reclamar, eu dou este ouvido. Passado algum tempo no cargo, Osório já não estava satisfeito. Perguntei o que era e ele respondeu: Todo dia tem gente pedindo dinheiro para inteirar o aluguel, para pagar a conta de luz, de água, o frete da mudança, o remédio da criança. Aí eu recebo o pagamento, mas fico sempre duro”, relatou Garotinho, que acrescentou muito fatos vivenciados ao lado de Osório, como no dia que, em dificuldades, junto com Rosinha, almoçaram na casa de Osório, arroz, banana e salda de carambola.
Lutou na campanha do Petróleo é Nosso - Dentre tantos casos da vida de Osório contados por Orávio de Campos e Helio Coelho, como detalhes que inspiraram livros de Osório, como O Mangue e Pensamentos, Helio Coelho destacou: “Ele se empenhou muito na luta que travamos em 1951 durante a Campanha o Petróleo é Nosso! Na ocasião a luta era para termos o monopólio do petróleo, através da Petrobras. Ele enfrentou a Polícia com uma consciência nacionalista muito forte!”, detalhou Helio Coelho.
Ao final, a prefeita Rosinha, que estava na platéia junto dos filhos Wladimir, Anthony e Clarissa, lembrou de uma frase que expressava a indignação de Osório: “Quando ele se referia a patrões ou autoridades opressoras, ele dizia: “Não podemos aceitar a atitude desses calhordas!”, lembrou a prefeita que, em entrevista, classificou a homenagem como “bem merecida e à altura do que Osório lutou por nossa gente e por nossa cidade”.
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