Notícia no detalhe
Ferreiro, profissão em extinção, tem apoio do Fundecam
Ferreiro é o nome que designa uma profissão e a atividade deste profissional, que é um misto de artesão e artífice metalúrgico, cujos trabalhos são requeridos no decorrer da história da humanidade por reis, fazendeiros, carpinteiros, cavaleiros, agricultores, pedreiros e outros profissionais. Embora seja profissão milenar, considerada em extinção, ainda hoje há muitas ferramentas e outras peças que continuam sendo produzidas por estes profissionais. Trata-se de profissão "hereditária", que passa de pai para filho, para neto, bisneto e segue de geração em geração, como é o caso de Edval Teixeira dos Santos, 48 anos.
Edval conheceu o ofício de ferreiro ainda criança, quando brincava na Ferraria do avô, que passou para seu pai, que passou para ele e seu irmão Wellington, ambos ferreiros de profissão. Como são poucos ferreiros, Edval buscou o Fundecam para incrementar seu negócio com recursos do Programa de Microcrédito.
Micro crédito abre novas perspectivas - O trabalho das ferrarias é artesanal, porque é uma atividade que vem de um tempo quando o mundo rodava mais devagar. Mas, devido as demandas dos tempos atuais, Edval percebeu a necessidade de adquirir maquinário simples que dá agilidade nos trabalhos. Para evitar milhares de marretadas por dia sobre as bigornas, ele desenvolveu, por exemplo, um batedor de ferro, que poupa braço e horas de trabalho por dia. Mas Edval tem mais metas, como a aquisição de uma máquina de produzir cravos de ferradura (de cabeça quadrada e corpo afunilado), tendo em vista a dificuldade de se produzir artesanalmente a peça e, também, pelo fato de se encontrar fornecedor.
- O Microcrédito chegou na hora certa prá gente. Eu já recorri a esse programa do Fundecam para obter R$ 3 mil e melhorar alguma coisa na Ferraria. Também pretendo, mais adiante, recorrer novamente, para conseguir mais maquinário. Antes era somente eu e meu irmão, o Wellington, que herdamos o trabalho do nosso avô e do nosso pai. Agora, já estamos com mais um para poder dar conta e logo vamos precisar de mais um ajudante, porque são muitas encomendas de martelo de calceteiro, de talhadeiras e ponteiros de aço para construção civil - relatou Edval, entre uma soprada e outra na forja e as batidas na bigorna, para moldar um foice e oito ferraduras encomendas pelo cliente mais antigo da Ferraria, o "Seu" Sesdinando Vasconcelos Filho, carroceiro, 69 anos.
- Sou cliente da Ferraria desde quando pertencia ao avô de Edval, o velho Deneval, antigo ferreiro, dos bons. Ele morreu e fiquei do filho, Edval, o Pininho (Idival Gomes dos Santos), pais do Edval, que conheci ajudando o pai desde os 10 anos de idade, e que herdou a Ferraria na terceira geração. Compro facão e ferraduras com ele, porque ele usa sucata boa e a têmpera do ferro e do aço é boa - relatou o cliente mais antigo da Ferraria do Pininho, como o pequeno estabelecimento é chamado no Parque Nogueira.
Ferraria resiste às modernas fábricas - O ferreiro e as Ferrarias resistem às modernas metalúrgicas. Ainda hoje muita gente prefere talhadeiras e ponteiros de aço das ferrarias, porque duram mais. Durante milhares de anos as ferramentas e uma infinidade de objetos eram produzidas artesanalmente pelos ferreiros, que "fabricavam manualmente", além das ferraduras, os machados, foices, martelos, picaretas, enxadas, escavadeiras, ancinhos, enxadões, facas, facões, punhais, sabres, dobradiças, ferrolhos, correntes para tração animal, correntões para usinas e para os tratores; grelhas de arados, rodas de arados, aro das rodas de carros de boi, cambões, garruchões para conduzir gado, e mais uma infinidade de itens, como tesourões de cortar grama, fornos à lenha e espetos para churrasco.
Curiosidade - E por ser somente os ferreiros que produziam os espetos no passado, nasceu a expressão, "Casa de ferreiro, espeto de pau", para designar a desídia de algum profissional das Ferrarias. Além das ferramentas e objetos já mencionados, outros itens, como esporas, aviamentos para cavalos, como os arreios, que servem para encilhar e colocar freio que vai à boca do animal, durante décadas eram encomendados nas ferrarias pelas lojas de ferragens, como as tradicionais de Campos, Machado Viana, Neves Irmãos e outros estabelecimentos, cujas demandas mantinham os empregos de centenas destes profissionais, que ainda existem em algumas regiões do Brasil, principalmente nas regiões onde a pecuária é atividade com relevância na economia local, como é o caso de Campos.
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