A implantação de uma sala maker na escola é um processo que envolve planejamento pedagógico, estruturação física, formação de profissionais e aquisição de materiais. E é exatamente isso que a Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) está fazendo: trabalhando para, em breve, implantar 13 salas em escolas da rede municipal de ensino.
Na primeira etapa, serão contempladas oito unidades, de acordo com a secretária da pasta, Tânia Alberto. “O objetivo é estimular a aprendizagem prática, a colaboração e a criatividade dos nossos alunos”, explicou.
Mais um passo para que a medida seja concretizada foi dado nesta quinta-feira (11) pela Seduct: uma comitiva da Secretaria visitou Ginásios Educacionais Tecnológicos (GETs) da Secretaria Estadual de Educação, cujo roteiro permitiu observar as ações pedagógicas, os espaços formativos e as práticas inovadoras que fazem parte do cotidiano escolar
Estiveram presentes a subsecretária de Ensino, Célia Maria Ferreira Silva; a diretora de Programas e Projetos da Secretaria. Anna Karina de Azevedo y Oviedo; supervisora de Educação em Tempo Integral, Ana Márcia Scot; gerente da Educação Especial, Rossana Barcelos Vieira; coordenadora da Educação de Jovens e Adultos (EJA), Simone Rodrigues Barreto; coordenadora de Ações, Projetos e Iniciativas em Tecnologias Educacionais, Adriana Rodrigues Rangel; diretora de Análise de Dados e Estatística, Vivian Ferreira Pereira.
Elas foram recebidas pela diretora do GET Senegal, Vera Marques Palmeiro; Letícia Coelho, coordenadora do Programa GET; Sinésio Jefferson Andrade Silva, ponto focal dos GETs na 3ª Coordenadoria Regional Educação; entre outros assessores e técnicos da Secretaria Estadual.
Para Célia, visitar os GETS gerou a confirmação da necessidade de as escolas incorporarem uma nova concepção de Educação, transformando-as em um espaço de Inovação Pedagógica.
“Implantar as salas maker, as metodologias ativas, permite modernizar a Educação Pública formando uma geração com habilidades para enfrentar os desafios do século XXI, promovendo o protagonismo infantil e permitindo acompanhar o resultado da aprendizagem com qualidade”, declarou a subsecretária.
De acordo com Anna Karina, a agenda representou uma oportunidade de vivenciar o funcionamento e a metodologia adotada nas escolas GETs, e a incorporação desse novo modelo de educação pública, por todos os setores da escola, com foco na preparação dos estudantes como protagonistas mais ativos, criativos e alinhados com as demandas da sociedade e das competências essenciais para o século XXI.
Além disso, segundo Anna, a cooperação intermunicipal, neste caso, serve como um mecanismo de transferência de tecnologia e conhecimento.
“Ao observarmos como o Rio implementou com sucesso o currículo focado em inovação, robótica e pensamento computacional, podemos acelerar o desenvolvimento na nossa própria rede, evitando os erros e otimizando a aplicação dos recursos. Isso significa que ao observarmos e aprendermos as melhores práticas sobre capacitação de pessoal e a gestão de ambientes inovadores, garantimos que a qualidade e a modernidade da educação do século XXI sejam disseminadas de forma mais eficiente aqui em Campos. Uma experiência enriquecedora para todos os profissionais que puderam conhecer de perto uma nova forma de educar utilizando as tecnologias digitais e salas makers”, completou Anna.
A equipe esteve no GET Senegal — Riachuelo — e GET Alencastro Guimarães — Copacabana, ambos no Rio de Janeiro, onde participaram de apresentação geral da escola, objetivos dos GETs e breve contextualização do trabalho desenvolvido; visita às Salas de Aula; acompanhamento das práticas pedagógicas em andamento; observação de atividades desenvolvidas pelos alunos no contexto do GET e de outras ações da escola; visita ao Colaboratório, apresentação dos materiais, recursos tecnológicos e propostas realizadas com as turmas; breve demonstração de projetos e experiências produzidas pelos estudantes; apresentação das atividades desenvolvidas com foco em cultura maker, tecnologia e projetos autorais; exposição de produções e explicação sobre a rotina do espaço.
A Seduct também está fazendo a aquisição de ferramentas e materiais como impressoras 3D e kits de robótica; formação de professores focada em projetos; e integração pedagógica com o currículo, a fim de priorizar a experimentação e autonomia dos alunos, com um espaço que estimule a colaboração e o aprender fazendo.