A Prefeitura de Campos, por meio da Subsecretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos realizou nesta terça-feira (13) encontro num café da manhã entre os imigrantes que são referenciados nos equipamentos públicos de assistência social da Prefeitura e autoridades de diversos órgãos como da Ordem de Advogados do Brasil (OAB), Charitas RJ, Polícia Federal e da Organização Internacional para a Imigração, Rio de Janeiro (OIM), entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
O objetivo do encontro foi tirar dúvidas dos imigrantes quanto à procedimentos sobre documentação e legislação brasileira em relação aos direitos humanos e sociais, bem como ação conjunta entre órgãos da Prefeitura e outros entes estatais e da sociedade civil, que já recebem amparo social da municipalidade.
AUTORIDADES PREDISPOSTAS A UNIR ESFORÇOS
As autoridades, dentre elas, o agente da Polícia Federal, Igor Souza Macedo, que atua na Unidade de Atendimento aos Migrantes (UMIG) da Polícia Federal no Shopping Estrada; o Subsecretário de Igualdade Racial e Direitos Humanos (SIRDH), Gilberto Coutinho; o subsecretário de Justiça e Assistência Jurídica, Carlos Fernando Monteiro; o diretor Jurídico da SIRDH, Jorge Assis; o Secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Rodrigo Carvalho; a Coordenadora do Serviço de Apoio aos Migrantes da Charitas da Arquidiocese do RJ e do Núcleo do Comitê Nacional para Refugiados, Larissa Getirana e de outras entidades da sociedade civil, como da OAB, receberam perguntas, tiraram dúvidas e prestaram orientação aos imigrantes.
Eles tiveram oportunidade de conhecer sobre os diversos serviços ofertados pela Prefeitura e, também, de fazer perguntas para sanar dúvidas, a exemplo de Rafael Arturo Eulate, que mora no Parque Guarus com mulher e quatro filhas e quer validar seu diploma de enfermeiro; Alfredo Marapacato, artesão que quer formalizar sua microempresa no ramo de peças artesanais e outros imigrantes, como a engenheira civil, Jesyca Tamires, mãe de duas crianças, sendo a caçula de um ano e cinco meses, nascida em Campos.
PRINCIPAIS DEMANDAS DOS IMIGRANTES
Jesyca Tamires relata que ela e o marido são engenheiros civis e estão em Campos há pouco mais de dois anos e a principal dificuldade é conseguir validar seus diplomas para que possam exercer suas atividades profissionais no Brasil. Ela buscou informações sobre como legalizar a documentação de sua família e fixar moradia permanente no Brasil, especialmente, em Campos.
“Aqui em Campos fomos acolhidos no CRAS e estamos sendo bem tratados. Cheguei com sete meses de gestação e tenho uma filha campista com um ano e cinco meses e meu filho de três anos. Queremos poder trabalhar dentro da legalidade e contribuir com nossos conhecimentos profissionais com essa cidade, mas temos dificuldades em legalizar os diplomas. Meu marido e eu estamos fazendo algum trabalho na informalidade, mas esperamos que essa busca da Prefeitura em unir esforços com outros órgãos da capital possa nos ajudar a solucionar essas questões relacionadas à documentação, porque queremos fixar a vida aqui”, relatou Jesyca.