Os professores da rede municipal de ensino tiveram diversas oportunidades de capacitação na 10ª Bienal do Livro de Campos, que acontece até o próximo domingo (25), sob o tema “Leitura que Liberta”. Além do minicurso de Cultura Indígena, que ocorreu em seis horários, em três dias, na quinta (22) os docentes e o público em geral puderam conhecer um pouco mais sobre Educação Inclusiva. A Oficina de Arteterapia em Inclusão “Ninguém é Igual a Ninguém” foi ministrada pela arteterapeuta em educação e saúde e especialista em educação especial inclusiva, Abigail Barreto, que é profissional da rede e leciona na escola municipal, polo em educação inclusiva, Presidente Castelo Branco, na Pecuária. Confira a programação da maior feira literária do Norte Fluminense (
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Para Abigail a educação inclusiva é um ato de amor, onde o sentimento é primeiro passo, que vai impedir rejeições. Ela explicou que a arteterapia é uma disciplina híbrida que envolve arte e psicologia, utilizando recursos artísticos em contextos terapêuticos. O objetivo é promover a reorganização emocional, estimular a criatividade e estabelecer a integração entre o consciente e o inconsciente.
— A arte como instrumento de inclusão social deve ser vista como complemento das formas de se desenvolver — disse a educadora.
Na rede pública, Abigail Barreto trabalha com crianças com diversos tipos de deficiência e o desafio é despertar habilidade de fala, interação social entre o grupo e a consciência de que ser diferente é normal. “Cada um de nós é um ser único com suas individualidades e temos que conviver com isso”, frisou, ressaltando que na oficina em que trabalha com crianças, cujo nome também é “Ninguém é igual a ninguém”, o objetivo é desenvolver a capacidade de interagir e se posicionar. No trabalho, as crianças percebem as diferenças, fazem a correlação entre realidade e fantasia e produzem palavras, frases e textos coletivos.
— Não é o belo da arte, mas o que a arte pode nos oferecer. A arteterapia faz com que a gente mergulhe para dentro — enfatizou a especialista.
Realização da 10ª Bienal do Livro de Campos
A programação da Bienal foi elaborada por uma comissão da FCJOL e pelo Sesc. A realização da feira literária novamente no IFF, como em sua primeira edição, traz uma economia de R$ 1,3 milhão em estrutura para a Prefeitura de Campos. A Bienal tem patrocínio da concessionária Águas do Paraíba e Realiza Construtora e conta também com o apoio do Boulevard Shopping e Instituto Federal Fluminense (IFF). O patrono é Nilo Peçanha, que foi presidente do Brasil em 1909 e 1910.
Realizações na Cultura
Além das atrações nacionalmente conhecidas, a 10ª Bienal do Livro de Campos segue valorizando os artistas e autores de Campos e região. Desde o seu início, o governo do prefeito Rafael Diniz traz realizações para o setor, como a reabertura do Teatro de Bolso, que mantém uma vasta programação de espetáculos para a população.