Começou nesta terça-feira (3) a Campanha Nacional de Vacinação contra a febre Aftosa. Em Campos, com um rebanho bovino estimado em 250 mil cabeças, o maior rebanho do Estado do Rio de Janeiro, a Prefeitura adquiriu 45 mil doses da vacina e vai imunizar 45 mil animais de todas idades dos pequenos produtores rurais e agricultores familiares donos de até 70 cabeças.
A abertura da campanha no município foi realizada na gleba do agricultor familiar Celso Antônio Gomes de Souza, 61 anos, no Núcleo 1 do Assentamento do Incra, Zumbi dos Palmares, em terras da antiga Usina São João.
A primeira dose foi aplicada pelo agrônomo da Superintendência de Agricultura e Pecuária, Eduardo Alves, que esteve na propriedade acompanhado do veterinário Marcelo Sales. Na gleba de Celso Antônio foram vacinados 35 animais, dos quais 10 são vacas leiteiras.
- Este apoio da Prefeitura ao agricultor é muito importante, porque o pequeno produtor luta com muitas dificuldades e qualquer ajuda é importante. Receber a vacina de graça e o trabalho dos vacinadores é uma ajuda e tanto para todos - avaliou o agricultor, assim que recebeu as doses da vacina.
Eduardo Alves alerta que a não vacinação dos animais implica em transtornos para os criadores, como a multa em torno de R$ 4,50 por animal não vacinado. Mas, Eduardo ressalta que a multa é o menor problema. Os transtornos pela não vacinação não põem em risco apenas a saúde dos animais.
- Sem a vacina, o produtor terá dificuldades para comercializar os animais, pois não conseguirá a obtenção da Guia de Transporte de Animal (GTA), que é um documento exigido para transportar o animal; não consegue vender o leite à cooperativa que processa o produto e não consegue vender a carne para o frigorífico. O risco da doença significa perder, por exemplo, um bezerro, hoje comercializado a R$ 1.200,00 - alerta Eduardo Alves.
O veterinário Marcelo Sales informa que o Estado do Rio de Janeiro consegue exportar carnes e comercializar leite e derivados em qualquer parte do Brasil, porque é considerado área livre de aftosa com vacinação há 19 anos.
- É importante que o produtor somente compre animais de boa procedência, ou seja, que tenha boa sanidade (situação vacinal em dia); que trabalhe com o manejo adequado (alimento adequado), boa precocidade, rusticidade e bom padrão genético - lembrou.
Segundo Marcelo, é importante que cada produtor entenda que não é responsabilidade da Prefeitura fazer a vacinação dos seus animais, pois a responsabilidade é do dono, a Superintendência de Agricultura e Pecuária da Prefeitura apoia a campanha, de forma a incentivar e auxiliar na imunização dos animais.
- Para vacinar gratuitamente o rebanho, é preciso agendar a vacinação. Basta comparecer à Superintendência, que funciona no Horto Municipal, ou agendar pelos telefones 27326400 ou 2733-4344 – disse o veterinário Marcelo Sales.